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domingo, 3 de maio de 2009

AS RELAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO

Relações Humanas é tema atual e de objetiva importância no mundo do trabalho. Em todos os lugares, onde existe um agrupamento de pessoas, o assunto é falado, quer seja nas empresas, clubes, escolas, instituições de ensino superior, igrejas e na sociedade em geral. É temática sempre recorrente ao sucesso no mundo do trabalho.

Assim, onde há duas pessoas existe um relacionamento. Onde há mais pessoas a necessidade harmoniosa entre elas se faz mais necessária. Isso porque é visível, em grandes grupos, a rivalidade, a hostilidade, a disputa desigual, a ausência de compreensão e tolerância. Tanta gente carrega extremada vaidade, egoísmo, arrogância. E ao julgar-se um deus na terra, pode, logicamente, menosprezar pessoas. Ainda há os que levam a vida a culpar os outros de seus insucessos. Há aqueles sem tempo para o tempo e sem alegria para olhar no rosto do outro. Esses são alguns pontos a serem minimizados nas relações de trabalho.

Em tal cenário, não vale ter a melhor tecnologia, a melhor localização, recursos financeiros abundantes, massa trabalhadora bem titulada se não há pessoas desmotivadas. Os recursos financeiros e tecnológicos serão inoperantes se os HUMANOS que trabalham simplesmente forem considerados como “recursos humanos”. Eles precisam ser tratados como GENTE, como pessoas inteligentes, que têm muito a contribuir.

Dessa forma, os HUMANOS, em qualquer local de trabalho, devem ser tratados como ativos intangíveis, como valores infinitos e inesgotáveis, e não como ativos tangíveis, com valor absoluto e finito. Pois não se pode perder de vista que as relações humanas, em todos os níveis, são complexas e difíceis. Todavia, se bem trabalhadas e motivadas, os resultados logo se farão sentir. Quem trabalha com prazer, confiança, motivação, elogio, o resultado irá impactar, positivamente, na vida da instituição/empresa e, conseqüentemente, na vida de cada membro daquele grupo social.

Assim, aquele que trabalha com satisfação, competência, deve ser valorizado, elogiado, sob pena daquele que não faz nada ficar no nível de quem faz muito. É preciso estabelecer diferenças entre aquele que trabalha e o que nada faz, evitando-se que todos caiam no mesmo saco. Pois um funcionário, um servidor insatisfeito é um inimigo em potencial. Então é melhor fazer amigos, não ‘passando a mão na cabeça’, mas valorizando o potencial de cada pessoa, estimulando-a a ser cada dia melhor.

Por isso tudo é melhor fazer do servidor um amigo e não um inimigo. Fazer do colega um amigo. Logicamente que essa amizade deve ser desinteressada, mas quando se é amigo de verdade o benefício da amizade é a conseqüência dela. Nesse sentido, um administrador, um chefe, um patrão, um funcionário deve observar algumas regras básicas para obter sucesso no mundo do trabalho.

Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se alguém estendeu a mão para cumprimentá-lo em 2009 e você ignorou a mão estendida, esse alguém se lembrará disso ainda em 2029.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros. Logo todo o cuidado é pouco. Faça amigos no trabalho, respeite e valorize o bom trabalhador.

Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se a pessoa está precisando de alguma coisa.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória. Então, é melhor não fazê-los, trabalhar em prol da grandeza de todos, elogiando os grandes e oportunizando o crescimento dos ‘pequenos’. Dizer “bom dia”, ‘obrigado”, ‘com licença”,”como vai”, “tudo bem”, “isso é ótimo”, demonstra EDUCAÇÃO e SABEDORIA.

Jürgen Habermas (1997) aponta a linguagem, e não o trabalho, como central nas relações humanas. A fala é processo primordial que permite os seres humanos se relacionarem dando sentido a própria vida. As pessoas, através do trabalho, constroem laços que estão presentes na reprodução da sua própria existência, no ato laborativo de suas vidas. O trabalho é uma forma de existência exclusivamente humana.

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.