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sexta-feira, 2 de abril de 2010

EVITE GAFES AO FALAR OU ESCREVER

 

gafes

No dia-a-dia de nossas atividades estudantis, profissionais ou de lazer, nos discursos, na correspondência, ou mesmo no bate-papo entre amigos, qual de nós não cometeu algumas impropriedades de linguagem? O tempo passa e, se não exercitarmos o que estudamos e aprendemos, certamente alguma coisa vai escapar. E vai daí que... Pensando nisso tudo, apresentamos uma série de formas próprias e impróprias de nos expressar, evitando, assim, 'gafes' desnecessárias. Na coluna da esquerda, apresentamos as formas impróprias, ou seja, incorretas; à direita, estão as formas próprias, ou corretas.


IMPRÓPRIAS               E              PRÓPRIAS
A defesa entrou com recurso/ A defesa interpôs recurso.
Aposentados recebem vencimentos/ Aposentados recebem proventos.
As injeções já foram aplicadas/ As injeções já foram feitas.
As sentenças são anunciadas/ As sentenças são prolatadas ou proferidas.
Caiu dentro da piscina/ Caiu na piscina.

Chefes dos Executivos recebem vencimentos e ajuda de custo/ Chefes dos Executivos recebem subsídios e ajuda de representação.
Despachos de juízes são assinados/ Despachos de juízes são exarados.
Despesa é limitada/ Despesa é fixada.
Ele está atendendo a telefonema dela/ Ele está atendendo ao telefonema dela.
Empregados regidos pela CLT recebem ordenados/ Empregados regidos pela CLT recebem salários.
Escreventes da Justiça são funcionários/ Escreventes da Justiça são serventuários.
Estive na divisa do Brasil com a Bolívia/ Estive na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Exonerações são decretadas/ Exonerações são concedidas.
Falou no telefone/ Falou ao telefone.
'Habeas corpus' são requeridos/ 'Habeas corpus' são impetrados.
Impetra-se mandato de segurança/ Impetra-se mandado de segurança.
Juiz dá parecer ou opinião/ Juiz vota, dá sentença ou julga.
Juiz expede mandato de busca e apreensão/ Juiz expede mandado de busca e apreensão.
Ministério é 'staff' governamental /Ministério é Secretaria de Estado
O carro chocou-se contra o poste/ O carro chocou-se com o poste.
O custo do processo é muito elevado As custas do processo são elevadas.
O guarda extraiu a multa/ O guarda aplicou a multa.
O legista fez a autópsia no cadáver/ O legista fez a necropsia no cadáver.
O Presidente pôs veto na lei/ O Presidente opôs veto à lei.
O que é bom para a gripe? /O que é bom contra a gripe?
Os promotores promovem libelos./ Os promotores proferem libelos
Parlamentares exercem representação./ Parlamentares exercem mandatos.
Parlamentares recebem vencimentos./ Parlamentares recebem subsídios.
Prisões preventivas são expedidas./ Prisões preventivas são decretadas.
- Quem é? É fulana? - É ela mesma! -/ Quem é? É fulana? - Sim, sou eu!
Quero falar consigo/ Quero falar com você (ou com o senhor)
Questões de ordem no Parlamento são requeridas/ Questões de ordem no Parlamento são levantadas.
Receita é calculada/ Receita é estimada.
Recorre-se da decisão do juiz /Apela-se da decisão do juiz.
Recursos são requeridos/ Recursos são interpostos.
Temos várias alternativas/ Temos alternativas
(opção entre duas coisas).
Tirou a criança para fora do buraco/ Tirou a criança do buraco.
Venci na vida às minhas custas/ Venci na vida à minha custa.
Viúvas e herdeiros recebem proventos/ Viúvas e herdeiros recebem pensões.
Conclui-se o texto dizendo ser importante o bom uso da linguagem, em qualquer situação da vida, pois a linguagem é como espelho, ferramenta, lugar. Deverá o leitor ficar atento para evitar situações embaraçosas, sobre o que dizer ou não dizer em conversas, relacionamentos pessoais, apresentações, discursos, textos escritos. Na vida, a linguagem traduz cada pessoa, sua forma de ser, agir, pensar. É uma arma com a qual a pessoa poderá ganhar ou perder. Portanto, todo cuidado será pouco.

Um comentário:

Alma Acreana disse...

Oi Profª. Luísa,
creio que já me vi em muitas dessas situações.
Fico até receoso de comentar, sabendo a quem me dirijo. (risos)

Um grande abraço no carinho de sempre!

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.