Pesquisar este blog

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O QUÊ É VENCER NA VIDA?

Uma pessoa que chega à casa dos 60 anos, que viajou pelo mundo, veio de família numerosa e pobre, superou e venceu desafios, conhece um pouco mais da vida que outras que não trilharam o mesmo caminho. Há gente de todo tipo: pessoas audaciosas, batalhadores, lutadoras; pessoas medrosas, covardes, inseguras; pessoas acomodadas, aproveitadoras; pessoas sonhadoras, que correm e lutam pelos sonhos; pessoas falsas, fingidoras consigo e com os outros; pessoas leais, determinadas, vencedoras. Enfim, há uma multiplicidade de naturezas humanas, algumas que convivem em harmonia com o mundo; outras que atrapalham a vida de muitas pessoas porque são incapazes de cuidar da própria vida; há gentes a esmagar outras.

A dificuldade do viver reside no fato de compreender cada natureza humana, atender às necessidades inerentes a multiplicidade de criaturas no seu modus vivendi. As pessoas podem tornar-se aquilo que imaginam ser. Quem se julga insignificante só poderá ser insignificante. Quem tem a convicção "Hei de ser um grande personagem" tornar-se-á, realmente, um grande personagem. Mas nada adianta ter essa convicção se levar uma vida ociosa. É preciso esforçar-se, concretamente, para alcançar o objetivo desejado. O ser humano é o mais fraco objeto do mundo, mas é um objeto que pensa. O poder de uma pessoa não reside na sua musculatura, mas na sua inteligência. Os covardes utilizam a força, os fortes usam a sabedoria, os fracos se apegam às desculpas.

Nessas variadas nuances de personalidades, a Psicologia encontra algumas respostas que são capazes de auxiliar as pessoas a operarem mudanças. Contudo, a maior mudança deve nascer no interior de cada um. Se uma pessoa se acomoda, coloca a culpa nos outros por seus fracassos, não há nada que possa fazê-la tomar outra direção, será sempre uma colecionadora de insucessos, por falta de determinação, vontade, perseverança. É responsável pelo próprio fracasso, pois não é capaz de crescer, espiritualmente, para cuidar de seu destino. E, assim, faz da vida um fardo pesado para si e para os outros.

Há para observar, também, em meio a essa multiplicidade de criaturas, que tudo deve ser dosado, nem tanto ao mar nem tanto a terra, isso porque a rigidez é boa na pedra, mas não no ser humano. A ele cabe a firmeza. Também, a fraqueza é um dos maiores defeitos. Aquele que não pensa - ou não tenta pensar - não é digno de ser chamado de ser humano. É preciso olhar o mundo com os olhos da verdade e procurar conviver nele em harmonia consigo e com os outros. Se alguns ganham, outros perdem. Se muitos são poderosos, há uma multidão fraca na força, na determinação, no caráter, na vontade de vencer. Também há poderosos fracos no caráter, mas isso merece outra discussão.

A sociedade considera, basicamente, o vencer na vida em acumular bens materiais e ostentar poder. É vencedor aquela pessoa que possui carro do ano, veste-se com griffes e frequenta os locais badalados. Vencer na vida não consiste, apenas, em amealhar dinheiro ou exibir fortunas, mas antes prover o espírito dos valores eternos da verdade. Sem dúvida muitos vão troçar, outros zombar, mas a verdade não se modificará.

Vencer na vida todos nós queremos e podemos, mas é preciso entender a realidade da vida, que não consiste somente no viver, mas também no existir e no transcender. Nosso anseio de transcendência, maioria das vezes, é apenas horizontal, voltado tão somente para a conquista de prestígio social, dinheiro e poder temporal. É preciso olhar o interior da alma, porque é na paz do espírito que o ser humano repousa para a felicidade.

Não se deseja, com essas palavras, condenar a ambição ou a riqueza, pois o condenável é a forma de enriquecer, a forma de querer vencer. E a forma que assistimos, hoje, é à custa da mentira, da perfídia, da trapaça e da corrupção de valores morais. Assim, vemos delegados, juízes, empresários, e pessoas de todos os níveis sociais envolvidas e acusadas por crimes. A própria televisão demonstra esses fatos a todo instante, em cada dia. O fato é que a sociedade está submersa na dissimulação, com o objetivo claro de levar vantagens, transgredindo as normas. O guarda dá um jeitinho de cancelar a multa, o fiscal não embarga a obra, o juiz vende a sentença e o tráfico de influência se alastra.

Isso é vencer na vida? Vencer na vida, em primeiro lugar, é saber por que estamos vivendo. É saber qual a função de cada um na sociedade. Vencer na vida é ter consciência que Deus não nos reúne para o egoísmo ou a indiferença, mas para o serviço salutar de uns pelos outros. É preciso conviver em harmonia, respeitando o espaço dos outros. Vencer na vida é prepara-se para mudanças, no sentido de ser feliz no caminho do bem.

Acredita-se, ainda, que o modo de vencer na vida liga-se à personalidade. E essa personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. A formação da personalidade, de formação do caráter, acontece num contínuo de crescimento e desenvolvimento. Não existe uma idade mínima nem máxima, embora alguns estudiosos assegurem que por volta dos seis anos a base de desenvolvimento da personalidade do indivíduo já estará sedimentada.

Acredita-se, também, que a personalidade está afeita á autoestima. A autoestima, como parte valorativa do conhecimento de si mesmo, ou seja, o juízo que se faz sobre si mesmo, pode ser concebida como a atitude de uma pessoa sobre si mesma e assim também uma característica da personalidade. Nesse particular, acredita-se, está o modus vivendi das pessoas, para serem vencedoras ou perdedoras, na construção de uma forma feliz ou infeliz de viver.

DICAS DE GRAMÁTICA

COMO FICOU O EMPREGO DO HÍFEM, PROFESSORA?

- Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição. Regra antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento. Como será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, párachoque, paravento.

Nenhum comentário:

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.