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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A VIDA É UM PRESENTE...

 

A VIDA É UM PRESENTE…

                      Luísa Galvão Lessa

A vida nos dá pessoas e coisas,
Para aprendermos a sorrir...
Depois, retoma coisas e pessoas
Para ver se somos capazes de seguir
Com a caminhada madura...
Mas muitas vezes bate a melancolia
Não se chora, não se sorrir, apenas vem a meditação, a reflexão
A vida não é brincadeira, mas uma arte em retidão,
Por vezes um remanso, um rio, uma maresia
Um vulcão, uma ventania...

A vida nos dá vida, calor, sol, noite, dia,
Depois vem o frio, a chuva, a ventania...
A vida nos dá presentes belos, fascinantes
Por vezes momentos inebriantes...
Mas n'outros dias nem sorrir
É áspera, inquieta, uma acrobacia
Salta, revolta, peregrina em noites frias...

Então a gente se pergunta: o quê é a vida?
- A vida é um presente,
Uma dádiva sublime de cada ente...
A vida é como peça de teatro, não permite ensaios.
Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente,
Pois um dia a cortina se fecha e a peça termina
Sem adeus, despedidas, com um suspiro somente...
Por isso ame, chore, sorria, grite, cante,
Faça dos dias um encanto
Porque viver é amar...

Amar é sorrir por nada e ficar triste sem motivos
É sentir-se só no meio da multidão,
É o ciúme sem sentido,
É desejo de um carinho,
É abraçar com certeza e beijar com vontade,
É passear com a felicidade,
É ser feliz de verdade!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UM DIA NA VIDA …

UM DIA NA VIDA ...

A vida é uma eterna descoberta
A vida é um mistério incerto
A vida é uma porta aberta
A vida é um tesouro certo
A vida não ilude, beijar um para esquecer outro é bobagem.
A pessoa não esquece e nem ganha vantagem...
A vida mostra os homens com o instinto caçador
A vida oferece à caça grande dor ...
A vida segue numa estrada, numa viagem
Um dia se descobre que amar é inevitável...
Um dia se percebe que provas de amor são coisas simples...
Um dia se nota que o comum não atrai...
Um dia se sabe que ser “boazinha” não é bom...
Um dia se descobre que alguém que nem te liga pensa na gente...
Um dia se sabe a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia se percebe que a gente é importante para alguém que não se deu o devido valor...
Um dia a gente sente que aquele alguém faz falta, mas aí o tempo passou ...
Enfim...
Um dia se descobre que se viveu mais de meio século e não se realizaram os sonhos,
Não se beijou a boca amada, não se disse as palavras desejadas...
A alma está solta, no coração a aragem de longa viagem
Enfim...
A vida ensina que há muito para viver
Que ninguém deseja sofrer
Apenas se quer merecer
O amor...
Uma flor...
Um beijo...
Uma mão ardente para apertar
Um lar para ninar
Um rosto acariciar
É a vida...
A vida...
Como diz o sábio e inesquecível Quintana
"Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"

sábado, 10 de setembro de 2011

ESSA TAL SAUDADE

ESSA TAL SAUDADE

Palavra que traduz a falta de algo ou alguém
Um ente querido, um amigo ou o ser amado
Saudade é solidão acompanhada do além,
É quando o amor ainda não foi embora,
Mas o ser amado já é de alguém...

Saudade é gostar do passado que passou,
Mas a saudade restou e ficou
A machucar, sangrar, recordar no coração,
É ver a vida sem olhar a razão
Sentir o peito apertar de dor...

Saudade é sentir aquilo que se perdeu,
Que não existe mais
Um amor que partiu, um carinho demais
Um coração solitário, que adormeceu,
Enfraqueceu e não volta jamais...

Saudade é o inferno em vida,
É a dor daquilo que se perdeu
A lembrança do que não se esqueceu,
É o sonho, a memória perdida,
O embalo da vida entorpecida...

Uma só pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou,
Por que assim nada marcou
A infinita vontade de compartir, 
Sentir a vida em dois, dividir...

Essa saudade é o maior dos sofrimentos
E não senti-la é viver sem lembranças
Sem a memória do tempo, dos momentos
Dos sonhos, dos alimentos,
Passar pela vida sem envolvimentos...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A DESPEDIDA …

 

A DESPEDIDA...

O amor quando chega  acredita em eternidade,
Mas um dia se despede,  vai por outra estrada
Não olha para trás, nem se despede
Leva no coração  a mocidade
Parte, não fica, nada o impede.

O outro coração padece, mesmo em preces,
É o adeus...
Que deixa o peito angustiante,
No corpo a dor dilacerante
O grito dos  ais, dos lamentos agonizantes,
Dos instantes lacerantes.

De toda forma o Amor parte,
A despedida maltrata,fere, rasga o coração
A alma se rompe numa fração,
Corrompe-se, dilacera-se numa  sofreguidão
É  lâmina , navalha  que sangra a afeição.

A alma sofre, chora, padece,
O coração  se entristece,
Numa saudade que enternece,
Mas nada consola e o amor vai embora
O ser que fica compadece.

A despedida é triste,
É lástima, lágrima, drama
Pranto, sofreguidão,
É o adeus ...
O desenlace de sentimentos,
A despedida de momentos,
De um tempo que não volta atrás
E um amor que não se esquece jamais.

O adeus é o desenlace
De sentimentos,
De presenças, lembranças, momentos.
O adeus é distância que se apresenta,
É a partida desesperada,
É o esquecimento...
Ou a lembrança do enlace
Que se foi em disparada.

A despedida,
Por mais lânguida, por mais que se evite,
É sempre triste.
São seres que se separam,
Que se partem,
Um amor que diz adeus,
São corações que pulsam, não param,
São vivências que se dissipam,
São vidas que se separam.

A despedida
É a tão evitada renúncia,
A tudo o que se pensava ter,
A tudo que se pensava viver,
Uma palavra balbuciada... ADEUS.

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.