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terça-feira, 27 de março de 2012

O MUNDO QUE FALA PORTUGUÊS

 

O português é a 5ª língua do mundo e a 3ª língua europeia (depois do inglês e do espanhol) mais falada no planeta, com uma soma estimada em 272,9 milhões de falantes. Forma parte das famílias das línguas românticas juntamente com o espanhol, o francês, o italiano e o romano. E, ainda que suas raízes estejam na Europa a maior parte dos falantes de português, 210 milhões vivem em outras partes do mundo, como se disse, antes, é a 5ª língua mais falada no planeta.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) consiste em nove países independentes que têm o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe.

A Guiné Equatorial fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010 e deve adicionar o português como terceira língua oficial (ao lado do espanhol e do francês) já que esta é uma das condições para entrar no grupo. O Presidente da República da Guiné Equatorial e o Primeiro-Ministro Chefe de Estado aprovaram e apresentaram no dia 20 de julho de 2011 o novo Projeto-Lei Constitucional que pretende adicionar o português como língua oficial. O decreto aguarda ratificação pela Câmara de Representantes do Povo.

O conjunto de falantes de Língua Portuguesa, considerando tão somente os países que o têm como língua oficial, os nove países acima mencionados, somam, aproximadamente, 241 milhões de pessoas, assim distribuídas, segundo estatísticos oficiais e confiáveis dos respetivos governos:

Brasil: 190 755 799 (resultados definitivos do Censo 2010);

Moçambique: 20 366 795 (resultados definitivos do Censos 2007);

Angola: 15 116 000 (estimativa do governo. Angola não realiza um censo há muitas décadas, estando o próximo previsto para 2013);

Portugal: 10 555 853 (resultados preliminares do Censos 2011);

Guiné-Bissau: 1 520 830 (resultado definitivo do Censo de 2009);

Timor-Leste: 1 066 582 (resultados preliminares do Censos 2010);

Guiné-Equatorial: 616 459 hab (Censo de 2008);

Macau: 558 100 (estimativa do 2.° trimestre da DSEC do Governo da RAE de Macau. O resultado do censo 2011 ainda está sendo tabulado);

Cabo Verde: 491 575 (resultado preliminar do Censo 2010);

São Tomé e Príncipe: 137 599 (resultados do Censo de 2001 divulgados em 2003.

Poder-se-á acrescentar-se a este número a imensa diáspora de nações lusófonas espalhada pelo mundo, estimada que ascenda aos 10 milhões (4,5 milhões de portugueses, 3 milhões de brasileiros, meio milhão de cabo-verdianos, etc) mas sobre a qual é difícil obter números reais oficiais, incluindo saber a percentagem dessa diáspora que fala efetivamente a língua de Camões, uma vez que uma porção significativa serão os cidadãos de países lusófonos nascidos fora de território lusófono descendentes de imigrantes e que não falam português. É necessário ter-se igualmente em conta que boa parte das diásporas nacionais já se encontra contabilizada nas populações dos países lusófonos, como por exemplo o grande número de cidadãos emigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e brasileiros em Portugal ou o grande número de cidadãos emigrantes portugueses no Brasil e nos PALOP. Ainda, devem ser consideradas as populações que falam português que vivem em outros países do mundo, segundo dados estatísticos:

França

750.000

Paraguai

636.000

África do sul

617.000

Estados Unidos

365.000

Goa

250.000

Canadá

86.925

Suíça

86.000

Bélgica

80.000

Alemanha

78.000

Angola

57.600

Luxemburgo

50.000

Uruguai

28.000

Malaui

9.000

Jamaica

5.000

Santo Tomé y Príncipe

2.580

Andorra

2.100

Congo

600

Ilhas Cabo Verde

14.817

Reino Unido

17.000

Segundo estimativas da UNESCO, o português e o espanhol são os idiomas que mais crescem entre as línguas europeias após o inglês. É, também, e o idioma que tem o maior potencial de crescimento como língua internacional na África Austral e na América do Sul. Espera-se que os países africanos falantes da língua portuguesa tenham uma população combinada de 83 milhões de pessoas até 2050. No total, os países de língua portuguesa terão 335 milhões de pessoas até o mesmo ano.

O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no Uruguai e na Argentina. Outros países onde o português é ensinado em escolas ou onde seu ensino está sendo introduzido agora incluem Venezuela, Zâmbia, Congo, Senegal, Namíbia, Suazilândia, Costa do Marfim, África do Sul.

Por fim, é de notar que a população lusófona cresce demasiadamente nos países do mundo, com o aumento e a consolidação da população das várias jurisdições para números arredondados facilmente identificáveis: Portugal Continental com 10 milhões e Açores e Madeira contabilizando já meio milhão juntos; o Brasil passa dos 190 milhões, Moçambique os 20 milhões, Angola os 15 milhões, Guiné-Bissau com 1,5 milhão, o grupo insular africano Cabo Verde e São Tomé e Principe que tem 1 milhão, Timor-Leste que também tem praticamente a mesma população e Macau com 500 mil. Números recentes e reais que, individualmente e em conjunto, fortalecem as suas nações, as identidades lusófonas e a língua portuguesa no panorama internacional.

DICAS DE GRAMÁTICA

CHEGUEI TARDE EM CASA ou CHEGUEI TARDE A CASA?

- Ninguém chega tarde em casa, pois o verbo chegar, ao indicar destino, não admite a preposição em. Verbos que indicam movimento, tais como ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se, admitem três preposições:

· DE: quando a circunstância apresentada for de procedência: Cheguei de Brasília ontem.

· A: quando a circunstância for de destino: Cheguei a Rio Branco hoje.

PARA: também quando a circunstância for de destino, porém na indicação de mudança definitiva. Então, quando digo Irei a Cruzeiro do Sul, significa que irei, mas voltarei em breve. Mas, quando digo Irei para Cruzeiro do Sul, significa que me mudarei para lá. Logo, a frase apresentada está errada.
A forma corretaÉ: Cheguei tarde a casa.

domingo, 18 de março de 2012

AS MELHORES CIDADES DO MUNDO PARA ESTUDAR

 

O estudo bom é a base de tudo. Por isso, o sonho de todo jovem que deseja um futuro brilhante é estudar em boas universidades. E, hoje, sair pelo mundo é a opção. É isso que aponta o instituto inglês QS World University Rankings, que realizou uma pesquisa para apontar quais as melhores cidades do mundo para se estudar. O resultado, divulgado no dia 14/02/2012, revelou que Paris é a primeira da lista, seguida por Londres, Boston, Melbourne e Viena.

A metodologia do estudo consistiu em selecionar as cidades com mais de 250 mil habitantes e com, pelo menos, duas instituição reconhecidas pelo site. Enquadravam-se nesses pré-requisitos, 98 cidades. Dessas, 50 entraram no ranking. A pontuação baseou-se em 12 critérios, divididos em cinco categorias: performance das universidades no QS World University Rankings; diversidade de estudantes (considerando a perspectiva internacional); qualidade de vida; popularidade entre os empregadores; acessibilidade (custo de vida e ensino).)

O instituto inglês QS elaborou um ranking inédito com as 50 melhores cidades para fazer faculdade em 2012. Confira as cidades eleitas:

1. Paris – França

2. Londres – Reino Unido

  1. Boston – Estados Unidos
  2. Melbourne – Austrália
  3. Viena – Áustria
  4. Sydney – Austrália
  5. Zurique - Suíça
  6. Berlim – Alemanha
  7. Dublin – Irlanda
  8. Montreal – Canadá

Segundo a pesquisa, a Europa superou os EUA em um novo ranking das melhores cidades do mundo para se estudar, este novo ranking foi publicado pela primeira vez pelo mesmo grupo de pesquisa que publica anualmente o QS World University Rankings.

Paris está no topo da lista a frente de Londres, Boston e Melbourne, com outras 6 cidades europeias completando as dez melhores. Singapura (12th) é a melhor cidade asiática na lista a frente de Hong Kong (19=) e Tóquio (19=), enquanto a Austrália é o único país com duas cidades no top 10.

Baseado em 12 critérios, QS Best Student Cities 2012 leva em consideração a qualidade e o número de universidades ranqueadas internacionalmente, outros fatores também considerados são a qualidade de vida, o custo dos estudos e a reputação local das universidades junto aos empregadores.

A Europa triunfa em qualidade de vida e custo de estudos, com o preço das anuidades abaixo de US$1,000 nas cidades que estão no top 10 tais como Paris, Viena, Zurique e Berlim comparados com $30,000 nos EUA.Vinte cidades europeias fazem o top 50 contra com 9 cidades da Ásia e 9 cidades da América do Norte. Há quatro cidades classificadas na América Latina: Buenos Aires (24), Cidade do México (31) Santiago de Chile (41) e São Paulo (45).

Londres é a líder se tomarmos a qualidade de suas melhores universidades, mas Paris possui um número maior de universidades internacionalmente renomadas.

Vejam-se, agora, as 50 melhores cidades, por ordem de qualidade, segundo o QS Best Student cities 2012:

RANK

CITY (Click to view profile)

COUNTRY

STUDENT MIX

QUALITY OF LIVING

EMPLOYER ACTIVITY

AFFORDABILITY

OVERALL

1

Paris

France

85

91

96

54

421

2

London

United Kingdom

87

88

89

41

405

3

Boston

United States

85

89

83

44

399

4

Melbourne

Áustralia

100

94.5

84

28

398

5

Vienna

Áustria

99

99.5

81

62

389

6

Sydney

Áustralia

94

97

81

25

384

7

Zurich

Switzerland

84

99

81

51

381

8

Berlin

Germany

81

95

57

71

376

8

Dublin

Ireland

92

91.5

70

43

376

10

Montreal

Canada

85

93

68

46

372

11

Barcelona

Spain

76

87

71

61

370

12

Singapore

Singapore

78

92

100

35

369

13

Munich

Germany

79

98.5

63

69

368

14

Lyon

France

88

87.5

43

81

367

15

Chicago

United States

62

85.5

72

44

357

16

Madrid

Spain

73

85.5

64

66

356

17

San Francisco

United States

67

91

72

43

353

18

New York

United States

63

83.5

73

35

352

19

Tokyo

Japan

43

84

83

46

351

19

Hong Kong

Hong Kong

74

50

92

42

351

21

Milan

Italy

63

86

89

54

350

22

Brisbane

Áustralia

94

88.5

63

30

349

23

Seoul

Korea, South

67

50

82

53

345

24

Buenos Aires

Argentina

54

50

93

75

339

25

Perth

Australia

95

93.5

53

28

337

26

Toronto

Canada

70

95.5

75

35

336

27

Stockholm

Sweden

66

94

79

34

335

28

Beijing

China

48

50

87

62

329

29

Adelaide

Australia

88

91

45

34

327

30

Washington DC

United States

60

85.5

55

45

325

31

Vancouver

Canada

78

98

54

37

322

31

Mexico City

Mexico

38

50

68

95

322

33

Helsinki

Finland

58

89.5

53

69

321

34

Taipei

Taiwan

49

50

59

78

320

35

Manchester

United Kingdom

82

50

66

64

317

36

Amsterdam

Netherlands

62

96.5

57

44

316

37

Moscow

Russia

57

50

78

52

314

38

Brussels

Belgium

71

93

40

60

308

39

Shanghai

China

43

50

70

68

306

39

Copenhagen

Denmark

64

97.5

56

31

306

41

Santiago

Chile

33

50

89

63

302

42

Philadelphia

United States

56

50

64

52

301

43

Kyoto

Japan

60

83

44

47

298

44

Kuala Lumpur

Malaysia

58

50

45

86

295

45

Sao Paulo

Brazil

27

50

79

58

292

46

Toulouse

France

86

50

26

81

286

47

Birmingham

United Kingdom

64

50

55

64

284

48

Cairo

Egypt

47

50

55

96

282

49

Bangkok

Thailand

27

50

63

68

279

50

Glasgow

United Kingdom

68

50

43

63

278

Nessa lista, a Europa se destaca por ter seis cidades entre as dez primeiras. Além de Paris, Londres e Viena, aparecem Zurique em sétimo lugar e Berlim e Dublin empatadas em oitavo. A Austrália é o único país com duas cidades no top 10, Melbourne e Sidney, que conquistou a sexta colocação. Segundo o ranking, as melhores cidades latino-americanas para estudar são: Buenos Aires, na Argentina (24º); Santiago, no Chile (41º) e São Paulo, no Brasil (45º).

DICAS DE GRAMÁTICA

CONJUNÇÕES REDUNDANTES

- É redundante dizer: mas porém, mas contudo, mas no entanto, mas entretanto, mas todavia. A conjunção mas é suficiente para expressar o sentido de oposição e contraste da frase a que dá início.

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.