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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O BRASIL TEM MUITAS CARAS

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Na atualidade não existe nenhuma sociedade ou grupo social que não possua a mistura de etnias diferentes. Há exceções como os raros grupos indígenas que ainda vivem isolados na América Latina ou em algum outro lugar do planeta. Mas, modo geral, as sociedades contemporâneas são o resultado de um longo processo de miscigenação de suas populações, cuja intensidade variou ao longo do tempo e do espaço. O conceito “miscigenação” pode ser definido como o processo resultante da mistura a partir de casamento ou coabitação de um homem e uma mulher de etnia diferente.

No Brasil, há o “Mito das três raças”, desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro, em que a cultura e a sociedade brasileiras foram constituídas a partir das influências culturais das “três raças”: europeia, africana e indígena.

Segundo esse olhar, a população brasileira é caracterizada pela miscigenação, ou seja, pela mistura entre grupos étnicos. A diversidade étnica da população brasileira é resultado de mais de 500 anos de história, em que aconteceu a mistura de basicamente três grupos: os índios (povos nativos), brancos (sobretudo portugueses) e os negros (escravos).

A partir da mistura das raças citadas, formou-se um povo composto por brancos, negros, indígenas, pardos, mulatos, caboclos e cafuzos. Desse modo, esses são grupos identificados na população do país.

O branco - No Brasil, o percentual de pessoas consideradas brancas é de aproximadamente 54%, há uma concentração maior desse grupo étnico na região Sul (83%), seguida pelo Sudeste (64%). Os brancos, em sua maioria, são descendentes de imigrantes europeus que vieram para o Brasil, como os portugueses no século XVI e mais tarde, por volta do século XIX, italianos, alemães, eslavos, espanhóis, holandeses, entre outras nacionalidades de menor expressão.

O negro - Os negros ou afrodescendentes têm sua origem a partir dos escravos que vieram para o Brasil entre os séculos XVI e XIX, fato que caracterizou como uma migração involuntária, tendo em vista que os mesmos não vieram por livre e espontânea vontade, mas forçados. No decorrer dos séculos citados, o país recebeu cerca de 4 milhões de africanos. Hoje, esse grupo étnico se concentra em maior número na região Nordeste e Sudeste, áreas onde se encontravam as principais fazendas de cana-de-açúcar e café.

O índio - Grupo étnico autóctone. Povo que habitava o país antes da chegada dos colonizadores europeus, nesse período a população era estimada em aproximadamente 5 milhões de pessoas. Após séculos de intensa exploração, os índios praticamente foram dizimados. Atualmente, os índios se concentram quase que restritamente na região Norte, com cerca de 170 mil; e no Centro-Oeste, com aproximadamente 100 mil. Existem outros 80 mil dispersos ao longo de outras regiões brasileiras.

O pardo - Esse grupo é também chamado de mestiço, em virtude da mistura entre brancos, negros e indígenas. Os mesmos produzem três variedades de miscigenação, dentre elas podemos destacar ainda os mulatos, oriundos da mistura entre brancos e negros, que respondem por 24% da população.

Os caboclos - Respondem por aproximadamente 16% da população nacional, esses são oriundos da mistura entre brancos e indígenas. São encontrados especialmente no interior do país, onde se encontra a maioria dos grupos indígenas.
Temos, ainda, os cafuzos, mestiços oriundos da mistura entre negros e índios, dentre as variações de miscigenações ocorridas no Brasil, essa é a mais difícil de acontecer, tendo em vista que eles representam somente 3% da população. No país os cafuzos são encontrados especialmente na Amazônia, na região Centro-Oeste e Nordeste.

DICAS DE GRAMÁTICA

HAJA VISTA ou HAJA VISTO?

- Haja vista. É uma expressão invariável formada pela terceira pessoa do imperativo afirmativo do verbo haver + substantivo feminino vista. Equivale à terceira pessoa do imperativo do verbo ver. Logo, não admite a forma haja visto, de largo uso popular.

RUBRICA ou RÚBRICA?

- Rubrica, é claro! É uma palavra paroxítona e deve ser pronunciada assim: ru-bri-ca.

terça-feira, 29 de maio de 2012

CRIAÇÃO DE UM SISTEMA SUL-AMERICANO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

 

No momento em que 47 das 59 universidades brasileiras estão em greve, pela fragilidade da política de educação superior no país, o MEC poderia, neste período, criar uma “Comissão Sul-Americana de Notáveis – entre países da América do Sul -- para planejar e por em prática a política educacional de ensino superior, a exemplo do que fez a Europa, com a Declaração Bolonha.

Essa Declaração de Bolonha visa a obtenção do sucesso do ensino superior, a empregabilidade dos egresos dos cursos, a continuidade de formação, o reconhecimento dos diplomas nos países signatários do Acordo de Bolonha, na Europa.

Tudo começou em Paris, no ano de 1998, quando os ministros da educação da Alemanha, França, Itália e Reino Unido assinaram uma declaração conjunta apontando perspectivas para a construção de um espaço europeu de educação superior, denominado DECLARAÇÃO DA SORBONNE. No ano seguinte, os ministros de vinte e nove estados europeus, incluindo Portugal, subscreveram a chamada Declaração de Bolonha (1999), onde assumem como objetivos o estabelecimento de um espaço europeu de educação superior coerente, compatível, competitivo e atrativo para estudantes europeus e de países terceiros.

A construção do referido sistema europeu de educação superior é considerada “a chave para promover a mobilidade e a empregabilidade dos cidadãos” e para a “obtenção de maior compatibilidade e de maior comparabilidade”. Isso falta ao Brasil e aos países da América do Sul. Aqui um estudante peruano, boliviano, argentino, venezuelano, paraguaio, etc, sofrerá, terrivelmente, para convalidar um diploma.

O que é a A Declaração de Bolonha? É um documento conjunto assinado pelos Ministros da Educação de 46 países europeus, reunidos na cidade italiana de Bolonha. A declaração marca uma mudança em relação às políticas ligadas ao ensino superior dos países envolvidos e procura estabelecer uma Área Europeia de Ensino Superior, a partir do comprometimento dos países signatários em promover reformas de seus sistemas de ensino.

A declaração reconhece a importância da educação para o desenvolvimento sustentável de sociedades tolerantes e democráticas. E, embora a Declaração de Bolonha não seja um tratado, os governos dos países signatários comprometem-se a reorganizar os sistemas de ensino superior dos seus países de acordo com os princípios dela constantes.

A declaração visa a tomada de ações conjuntas para com o ensino superior dos países pertencentes à União Europeia, com o objetivo principal de elevar a competitividade internacional do sistema europeu do ensino. E para que essesistema europeu do ensino superior consiga adquirir um grau de atração mundial, semelhante ao das suas extraordinárias tradições cultural e científica, delinearam-se os seguintes objetivos a serem atingidos:

- Promover entre os cidadãos europeus a empregabilidade e a competitividade internacional do sistema europeu do Ensino Superior;

A Declaração também se propõe a adotar – para os países signatários -- um sistema baseado em três ciclos de estudos:

· 1.º ciclo - com a duração mínima de três anos - grau de licença, Licenciado - de 180 a 240 ECTS;

· 2.º ciclo - com a duração de um ano e meio a dois (excepcionalmente um ano) - grau de mestre, Mestrado - de 90 a 120 ECTS (mínimo de 60 no 2.º ciclo) ;

· 3.º ciclo - grau de doutor, Doutorado - Sem requerimentos de ECTS.

- Implementar o suplemento ao diploma;

- Estabeler um sistema de créditos transferíveis e acumuláveis (ECTS), comum aos países europeus, para promover a mobilidade mais alargada dos estudantes. (Os créditos podem também ser adquiridos em contextos de ensino não superior, incluindo a aprendizagem ao longo da vida, desde que sejam reconhecidos pelos estabelecimentos de ensino superior de acolhimento;

- Promover a mobilidade dos estudantes (no acesso às oportunidades de estudo e formação, bem como a serviços correlatos), professores, investigadores e pessoal administrativo (no reconhecimento e na valorização dos períodos passados, num contexto europeu de investigação, de ensino e de formação, sem prejuízo dos seus direitos estatutários);

- Promover a cooperação europeia na avaliação da qualidade, com vista a desenvolver critérios e metodologias comparáveis;

A Declaração de Bolonha assegura a promoção das dimensões europeias do ensino superior, em particular:

· Desenvolvimento curricular;

· Cooperação interinstitucional;

· Mobilidade de estudantes, docentes e investigadores;

· Programas integrados de estudo, de formação e de investigação.

São 3 os benefícios principais introduzidos pela Declaração de Bolonha:

1. Maior flexibilidade;

2. Maior mobilidade;

3. Diplomas mais amplamente reconhecidos.

Importante nessa Declaração de Bolonha é a uniformização das estruturas de ensino superior, bem como a adoção de quadros comuns de competências, onde os diplomas serão reconhecidos em todos os 46 países participantes no Processo.

É claro que os países da América do Sul não devem copiar, tal e qual, a Declaração de Bolonha, mesmo porque ela contém falhas. Mas é um passo importante rumo ao desenho de uma NOVA UNIVERSIDADE que se deseja construir para o mundo. Essa desunião, rivalidade e desigualdade na América do Sul deve acabar definitivamente. É preciso pensar nos estudantes que ingressaram em Universidades do Continente e necessitam de apoio dos governos. Povos irmanados avançam mais e melhor.

DICAS DE GRAMÁTICA

ADIAR PARA DEPOIS?

- Não! É redundância. Só se pode adiar para depois; se é adiar já é para depois...

Os alunos pediram ao professor que transferisse a prova para depois do feriado.

BEBEDOR / BEBEDOURO
- Bebedor é aquele que bebe.
Exemplo: Não sirva mais nada àquele bebedor inveterado.
- Bebedouro é onde se bebe.
Exemplo: Foi colocado mais um bebedouro no saguão do colégio.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

TER ALGUÉM PARA AMAR

 

Ter alguem para amar é ter companhia para compartilhar:

Os segredos,
As promessas,
Os problemas,
As soluções.

O dia a dia
Os sonhos,
As esperanças,

Os desejos,

Os segredos,
As promessas,
Os problemas,
As soluções.

Não ter alguém fica difícil:

Sair,

Passear,
Sorrir,
Sonhar,
Sentir,

Planejar,

Dividir,

Compartilhar,

Somar.

Recordar um amor é lembrar momentos:

Inexplicáveis
Incompreensíveis
felizes....

Passados...

As lembraças fazem:
Sorrir,

Chorar,

Refletir,

Meditar,

Decidir,

Seguir.

A aprendizagem de perder um amor conduz:

À realidade,

Ao novo amor,

À maturidade,

À experiência,

À escolhas pensadas.

Porque o AMOR é quando a gente mora um no outro,

Não se deixa levar por ninguém,

Confia, acredita, quer bem,

Não engana, não mente, não finge,

O amor é entrega, doação,

Amor é felicidade que não trai o coração.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O NÍVEL DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) é hoje o principal exame para medir a qualidade da educação no mundo. As provas são aplicadas a cada três anos, desde 2000. Os resultados de 2009, sua última edição, mostraram o Brasil em uma situação delicada: no 53º lugar entre 65 países.

Com 401 pontos (em uma escala que vai até 800), o Brasil ficou -- na última avaliação --bem abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (496) e atrás de Trinidad e Tobago, Bulgária, México e Turquia. Contudo, mesmo negativado, o resultado representou uma evolução significativa. Pois em relação ao ano de 2006, o Brasil subiu 33 pontos, uma melhora que só foi menor do que as do Chile e Luxemburgo. Em 2000, o país amargou a lanterna na classificação, que na época incluía 45 nações.

O Pisa é um programa internacional que avalia sistemas educacionais de 65 países, incluindo o Brasil. Nessa avaliação, examina o desempenho de estudantes na faixa-etária dos 15 anos, idade média do término da escolaridade básica obrigatória na maioria das nações. O indicador é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As questões importantes que deseja saber: a) Se os estudantes estão preparados para os desafios do futuro; b) Se os alunos conseguem refletir, argumentar e se comunicar com eficiência; c) Se os estudantes têm capacidade de continuar aprendendo por toda a vida. Essas são algumas das questões que o Pisa (Programme for International Student Assessment), programa de avaliação internacional de estudantes, em tradução livre para o Português, pretende responder.

O Pisa, hoje, avalia três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. Os resultados são classificados em seis níveis, sendo 1 o pior e 6 o melhor. Em Leitura, apenas 0,1% dos estudantes brasileiros alcançaram o nível 6, enquanto em Ciências nenhum estudante alcançou esse nível. Em Matemática, o resultado brasileiro, 386 pontos, ficou abaixo até da meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), de 395.

Entre os estados brasileiros, o melhor resultado foi do Distrito Federal, com média geral de 439 pontos, seguido por Santa Catarina (428), Rio Grande do Sul (424), Minas Gerais (422) e Paraná (417).

A próxima edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que será realizada em setembro de 2012, acontecerá sob novos moldes. Isso porque está prevista a aplicação de uma prova eletrônica, diferente daquela em papel, para uma subamostra de 256 escolas brasileiras (a amostragem total da avaliação é de 25 mil alunos, o que envolve 902 escolas).

Em países no exterior, a Finlândia atingiu a marca de 536 pontos em Leitura, 541 em Matemática e 554 em Ciências – média geral de 543 pontos. Entre os 10 países mais bem colocados no “ranking”, cinco são asiáticos (China, Coreia do Sul, Cingapura, Japão e Hong Kong), dois ficam na Oceania (Austrália e Nova Zelândia), um nas Américas (Canadá) e dois na Europa (Finlândia e Holanda).

Nas últimas décadas, o Brasil tem executado diversas avaliações visando o mapeamento da atual situação educacional no país, em todos os níveis de ensino. Na Educação Básica há a PROVINHA, a PROVA BRASIL e o ENEM aliados ao Censo Escolar. No Ensino Superior tem-se o ENADE aliado ao Censo e à visita in loco de Comissões de Avaliadores. Na pós-graduação tem-se uma série de critérios da CAPES para autorização e reconhecimento dos cursos de pós-graduação.

Essa avalanche de avaliações, determinadas pelo MEC, através do SAEB, intensificam as discussões no campo da avaliação, sejam estas conceituais ou práticas. Com todo esse esforço o país deve encontrar meios eficazes para combater: o índice de analfabetismo, a evasão escolar, o despreparo profissional daqueles que chegam ao mercado de trabalho, a formação dos professores. Essas questões exigem estudos e pesquisas que apresentem dados consistentes, análises adequadas, favorecendo a conscientização de gestores e educadores para que sejam tomadas decisões visando modificar o perfil da educação brasileira. O professor, como “educador do mundo”, deve ser pessoa disciplinada, bem preparada, ética, responsável, educada, um exemplo para aqueles que passam por suas mãos. Sem que o professor possua essas qualidades nenhuma política educacional prospera.Então, em primeiro lugar, vem a qualidade, qualificação, perfil, dos profissionais em Educação. O Brasil precisa adotar política rígida para aqueles que desejam se professores. São estes profissionais que preparam todos os outros no mundo inteiro. Saber selecionar e preparar bem os educadores é tarefa urgente ao Brasil.executado

DICAS DE GRAMÁTICA

JÁ É MEIO-DIA ou JÁ SÃO MEIO-DIA?

- O verbo ser, quando indicar horas concordará com o numeral a que se refere. Claro está, então, que ficará no singular, ao indicar "uma hora", "meio-dia", meia-noite" ou "zero hora" e no plural nas demais horas do dia. O correto, então é dizer: Já é meio-dia, vamos almoçar.

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.