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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

SUA BÊNÇÃO, MEU PAI! SUA BÊNÇÃO, MINHA MÃE!

Luisa feijoada 2015---photoshop3
Eu nasci assim...
Um casamento ao modo antigo,
Dois jovens enamorados, felizes,
Inocentes, puros, sonhadores consigo,
Um lar com oito filhos formaram,
Com carinho, amor, compreensão,
Tudo com respeito e atenção,
Preocupados nos filhos, em sua educação,
Sabedores da semente que plantaram neste chão.
Crescemos em harmonia,
Em companhia de muita filosofia:
Respeito, amor, trabalho, estudo, honestidade,
Sem ao mundo fazer nenhuma maldade,
Vida regrada, sem exagero e muita lealdade,
Aprendendo as verdades sem idolatria,
Mas vendo no mundo a covardia.
Os pais acompanhavam sem nos carregar,
Mostravam o mundo sem dele nos isolar,
Davam abrigo, sem nos esconder,
Mostravam perigos para com eles aprender.
Meu pai, um sábio homem,
Fez nesta vida um pacto, nunca passar fome,
Foi escolado na dignidade da vida,
A ninguém deixou ferida,
Soube respeitar e valorizar às pessoas,
Foi à escola aprender só coisas boas,
Não tirou diploma, nem ganhou medalhas,
Mas enfrentou e venceu ferrenhas batalhas,
Procurou ambiente de estudos para os filhos,
Ofertou educação, espaço para a maturidade,
Não fabricou castelos, mas deu-nos liberdade
Para estudar, refletir, multiplicar, criar,
Sem pisar em ninguém,
Incutiu o valor da bondade,
Tudo feito com lealdade,
E, por fim, disse:  vão conquistar o mundo,
Ele é grande, perigoso, profundo,
Mas não é o vulcão imundo,
Para quem nasceu em família decente,
Cedo aprendem a trabalhar e ser gente,
Saber abrir portas, fechaduras,
Sem jamais perder a ternura.
Minha mãe uma santa do lar,
Fez do casamento seu altar,
Ali colocou os filhos a rezar,
Com fé, força, devoção,
Ensinando valiosas lições,
Sem fraquejar ao curvar vergalhões,
Por suas mãos habilidosas,
Fez dias e noites famosas,
E a todos encantou, com gestos, ações,
Nunca despendeu juízo em infelizes corações,
Pois é mulher tecida em fibras de ouro,
Olha a vida e o mundo como tesouro.
Por tudo isso sou ser sonhadora,
Uno sonhos e disciplinas,
E no mundo sou caminhante dessas doutrinas.
Sua bênção, meu Pai! Sua bênção, minha mãe!
























































Um comentário:

Alma Acreana disse...

Lindo poema! Um resumo de vida! Um exemplo que nos brinda!

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.